31 dezembro 2008

8 de março: MULHERES, AGENTES DAS MUDANÇAS...

Em 1908, registramos o primeiro Dia da Mulher, comemorado em Chicago, nos EUA, com a participação de 1.500 mulheres. Em 1910, na II Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, na Dinamarca, por proposta de Clara Zetkin, foi aprovada a instauração oficial de um Dia Internacional da Mulher. A partir daí, as comemorações passaram a ter um caráter internacional, foi reconhecido oficialmente pela ONU em 1975 o dia Oito de Março com o objetivo de retomar todas as lutas das mulheres e suas respectivas conquistas.

É o dia de reconhecimento a todas mulheres que construíram e constroem, no seu tempo, a nossa história de igualdade.

O mundo mudou muito nas últimas décadas. Não apenas no que diz respeito aos enormes avanços tecnológicos que habitam o nosso cotidiano como também, com uma naturalidade impensável apenas uns quinze ou vinte anos passados. Não imaginávamos a Internet, msn, celular, ipod, palm top... Estamos começando a perceber a nossa imensa interdependência num mundo cada vez mais complexo, onde todos dependem de todos para tudo. E essa percepção nos faz mais solidárias e menos egoístas. São avanços. Avanços sociais que vão surgindo como decorrência de um enorme progresso tecnológico, de uma comunicação extremamente rápida e eficiente e do crescimento da população.

Diante de toda esta evolução e revolução tecnológica, devemos intensificar nossa participação em todas as lutas, principalmente a das mulheres, reivindicando políticas públicas que garantam a saúde, a educação, a cultura, o acesso à terra, ao trabalho e à moradia a todas. Temos que defender a autonomia, a igualdade e os direitos das mulheres. Reverenciar nossa sensibilidade, habilidade e flexibilidade que torna este mundo mais humano, porque somos fortes, corajosas, necessárias, agentes das mudanças e responsáveis pelo que produzimos.

Quando falo em responsáveis, vem a temática do meio ambiente: lembram do tempo em que se pensava que os recursos naturais eram ilimitados? Pois é, a crise ambiental está gerando problemas de caráter alarmante, os quais, além de comprometer a qualidade de vida, em muitos casos danificam o meio ambiente de forma irreversível, colocando em risco a vida do planeta para as gerações atuais e futuras. Devemos mudar hábitos e costumes, evitar desperdícios e ter atitude de preservação.

Hoje sentimos fortemente a ameaça que ronda nossos empregos e nosso futuro, com as perspectivas de municipalizações e de privatização da empresa. Por isso é de extrema importância que consigamos incluir nossas armas mais valiosas nesta luta onde a união de todos e de todas fará a diferença!

Precisamos estar alertas: A água é um bem de todos... Não pode ter dono!

Para as trabalhadoras na Corsan o cuidado com a água é fundamental, comprometidas com a qualidade, exercem sua tarefa diária com extrema dedicação, sabedoras do seu real valor para a humanidade.

Por tudo isto, queremos homenagear todas as trabalhadoras na Corsan, e gostaríamos de dizer que: assim como a água é essencial à vida, as mulheres são a fonte da vida.
Temos consciência de quase tudo, então façamos a nossa parte neste mundo. E quanto à nossa condição de mulher: considerem-se importantes, insubstituíveis e em construção...

Vera Lúcia Castro Alves é diretora de Relações de Gênero do SINDIÁGUA/RS